terça-feira, 20 de julho de 2010

Caso de Dinho: Superação!!!!!


Ganhei Dinho ( um poodle liindo), no ano 2000, presente dado por meu irmão mais velho, pois eu estava muito triste com a perda de outro cachorro que eu amava muito.
Lembro-me que na época, eu e minha mãe jurávamos que não íamos querer outro animal em casa, porque nos apegamos demais e sofremos com sua perda, mas foi impossível resistir aquele monte de pelo sapeca correndo e se escondendo pela casa.
Como eu estudava em Vitória da Conquista, só o via nos fins de semana que vinha pra cá (Brumado) e sempre que eu vinha ela ficava muuuito alegre. Minha irmã ficava indignada, pois ele dormia a semana toda com ela e quando eu chegava ele só queria ficar comigo (rs).
Em 2002, numa manhã de sábado do mês de agosto (mês em que ele faria 02 anos), aconteceu um desastre que nos abalou bastante. Dinho, sapeca como todo poodle, adorava fugir quando encontrava a porta aberta, pois eu nunca o deixava sair sozinho. Numa rapidez impressionante, ele nem esperou que abrissem o portão, passou entre as grades e pulou um pequeno muro, correu pra rua, onde foi atropelado por um carro que nem se quer deu socorro. Eu tinha acabado de sair de casa, estava virando a esquina quando minha mãe ligou contando do acidente.
Quando cheguei em casa só vi os rastro de sangue e encontrei minha mãe muito nervosa dizendo que a patinha dele havia sido esmagada e que meu irmão havia saído com ele a procura de um veterinário. Entrei em desespero!!
Não tive coragem de vê-lo e a cada contato com meu irmão eu me desesperava mais, pois não encontramos nenhum veterinário na cidade e todas as pessoas que haviam visto a situação dele, achavam que deveríamos sacrificá-lo, o que eu achava um absurdo!!
A cirurgia dele foi feita por um proprietário de uma loja especializada em produtos animais. Foi a única opção, pois ele estava perdendo bastante sangue e poderia não suportar uma viagem até outra cidade. Mas, graças a Deus, deu tudo certo! Esse profissional mesmo não sendo veterinário, cuidou muito bem dele, inclusive ficou o restante do dia com ele em sua casa e só a noite tive meu “filho” de volta em casa.
Quando ele chegou chorei muito (na verdade chorei muito por muito tempo) e acho que qualquer pessoa que o visse choraria, pois ele estava muito abatido e nem de longe lembrava aquele poodle sapeca e brincalhão. Sua perninha estava toda raspada, no osso puro... e pra aumentar minha angústia, ele não parava de lamber o local da amputação e toda vez que esboçava uma reação e que tentava se levantar, ele caía.
Mas, ele demonstrou que era um guerreiro e que se Deus havia lhe permitido continuar vivo, recuperaria logo, e foi o que aconteceu. Não foi fácil e hoje percebo que foi muito mais difícil pra mim, do que pra ele. Como já disse, eu estudava e trabalhava em outra cidade e na segunda tive que deixá-lo com um grande aperto no peito, mas com a certeza de que ele seria muito bem tratado, pois ficaria aos cuidados de minha mãe e irmãos que o amam.
Durante o período de recuperação, contei também com o apoio de uma amigo que ia todos os dias aplicar injeções e limpar o local para não infeccionar. Minha mãe tinha o cuidado de todos os dias colocar uma meia limpa (sim, meia comum, daquelas que a gente usa) na perninha dele e amarrava com um cordão, pra que ele não ficasse lambendo e também para que não se machucasse. Contei também com o apoio da secretária lá de casa, que passava o dia todo com ele e todos os dias o levava pra ficar na área, como ela mesmo dizia, “pra destrair”, rsrsr.
Todos os dias eu ligava pra casa e queria o relatório completo e a cada notícia boa, cada recuperação dele, eu me sentia mais aliviada e conformada. Às vezes ele tropeçava e se machucava, o que me doía muito, pois muitas vezes sangrava, mas posso afirmar que ele se recuperou logo, não demorou muito tempo já se livrou da meia por conta própria e já estava correndo pele casa, brincando, fazendo todas as danações que qualquer cachorro feliz faz, e continuo tentando fugir quando encontrava a porta aberta! Por incrível que pareça, tentava passar pela grade e pular o pequeno muro, mesmo tendo apenas 03 patas!!
Hoje ele está com quase 10 anos! Continua lindo, guloso, morre de ciúmes da fruteira (adora uma fruta a ponto de roubar bananas e comer com casca!!), ainda corre atrás dos passarinhos no quintal, às vezes ainda tropeça, mas logo se levanta, ainda foge se encontra a porta aberta, morre de ciúmes de mim (é um grude!! Rs), adora ficar na área (e tem sempre o horário certo pra isso), sabe dos meus horário e sempre faz festa quando chego de qualquer lugar.
Enfim, continua sendo o meu melhor amigo! O meu anjo de quatro (ops, no meu caso, de três) patas!
Ele é meu grande exemplo de superação!

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